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POR LUCAS LIMA, BRAKEY EQUIPAMENTOS DE HIGIENE │ 🕐 Tempo de Leitura – 4 min

Por muito tempo considerados apenas uma necessidade prática, os banheiros em restaurantes, aeroportos, shoppings e demais estabelecimentos evoluíram consideravelmente, assumindo um papel de destaque e importância crucial, especialmente no setor varejista. Hoje em dia, é comum encontrar toaletes com elementos decorativos, iluminação cuidadosa e até elementos paisagísticos.

Mas qual mensagem seu banheiro transmite aos visitantes, clientes ou usuários?

Conforme apontado pelo New York Times, o relatório “Qualidade do Serviço de Aeroporto nos EUA” da ACI, publicado no ano passado, revela que a limpeza dos banheiros, em conjunto com a higiene dos terminais, impacta a satisfação dos passageiros mais do que qualquer outro aspecto da infraestrutura.

Segundo uma recente pesquisa interna à qual tive acesso, cerca de 48% dos frequentadores de shoppings utilizam o banheiro pelo menos uma vez durante sua visita. Considerando que um shopping com uma Área Bruta Locável (ABL) de 40 mil metros quadrados pode receber em média 700 a 800 mil pessoas por mês, então 384 mil indivíduos formarão suas impressões com base no estado dos banheiros. Isso supera o impacto de qualquer loja âncora. Agora, imagine as possibilidades em termos de mídia, anúncios, e assim por diante.

No caso de estabelecimentos comerciais, por exemplo, pesquisas indicam que seis em cada dez pessoas retornam a um restaurante com mais frequência se o local está limpo; da mesma forma, 94% das pessoas jamais voltariam a um lugar com banheiros sujos. Além disso, ambientes não higienizados podem apresentar riscos, como escorregões e quedas, resultando em aumento de custos legais e de seguro. Por outro lado, a higiene também influencia as rotinas de trabalho, impactando as taxas de absenteísmo e a produtividade dos funcionários.

Ambientes sensíveis demais ao público

Minha experiência no setor varejista revela que o público é altamente sensível aos ambientes onde tem contato próximo. Seja em shoppings, praças de alimentação, tratamento de pisos (alto brilho proporciona sensação de bem-estar) ou, claro, o foco central deste artigo: os banheiros.

Assim como os sanitários podem ser fonte de encanto, também podem contribuir para uma experiência desagradável. Maus odores, pias molhadas ou entupidas, mictórios ou vasos sanitários interditados com sacos de lixo, esfregões sujos e soltos, dispensadores de papel higiênico vazios (um verdadeiro pesadelo!), ou até mesmo uma torneira que não funciona podem causar desconforto extremo e repugnância.

Segundo estudos, “74% dos consumidores acreditam que todo o estabelecimento está sujo se o banheiro cheira mal”. Não adianta apenas designar um colaborador de limpeza para cada banheiro, pensando que isso resolverá os problemas, se esse colaborador não se preocupa com a postura perante os clientes ou não cuida do ambiente adequadamente. A proatividade desse profissional, supervisionada, combinada com procedimentos bem definidos (processos operacionais padrão – POPs – bem elaborados e descritos), pode fazer toda a diferença. E acredite, seus clientes percebem isso! A regra é clara: permita somente funcionários fixos em banheiros de alto tráfego; caso contrário, o tédio pode se instalar, reduzindo a produtividade, e essa mão de obra poderia ser mais bem otimizada em outras tarefas.

E quanto aos banheiros de nossos colaboradores, como devem ser tratados?

Investir em banheiros e vestiários para os colaboradores é, de fato, uma forma de demonstrar que se preocupa com eles. Aqueles que visitam empresas onde esses espaços são agradáveis e bem cuidados tendem a pensar: “Se os banheiros são assim, imagine o resto”, ou “Se há esse cuidado excepcional com os funcionários, imagine com os clientes”.

E no que diz respeito às melhores práticas em termos de infraestrutura?

Tenho observado algumas práticas interessantes em relação à infraestrutura, como:

• Divisórias suspensas – facilitam significativamente a limpeza profunda; esse modelo é muito comum na Europa.
• Secadores de mãos automáticos – Práticos e modernos, otimizam o dia-a-dia de todo banheiro. Além da economia de papel toalha, eles garantem a redução de resíduos e por consequência, reduzem manutenções e entupimentos
• Mictórios secos – podemos esquecer o mito do mau odor; isso só ocorre se a manutenção ou instalação não foi realizada corretamente. Esses mictórios economizam milhares de litros de água. Sem mencionar que a sustentabilidade é uma tendência global.
• Uso de ozonizadores na lavagem – a água ozonizada mata não apenas bactérias, mas também fungos e vírus, ou seja, é mais eficaz que os desinfetantes tradicionais à base de quaternário e é mais econômica. No entanto, atenção! Para ter o efeito bacteriostático (proteção contra microrganismos), é recomendável não abolir completamente o uso do desinfetante – utilize-o com moderação na limpeza periódica.
• Pias ovais – evite os modelos quadrados bonitinhos; eles não funcionam bem. Com o uso consciente da água e a instalação de arejadores nas torneiras, podem surgir problemas sérios quando alguém escova os dentes ou faz a barba nas pias quadradas. Elas não têm o escoamento adequado, e isso dificulta o trabalho do profissional de limpeza. Nesse aspecto, menos é mais.

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